sexta-feira, 3 de julho de 2009

Não existe um só tipo de carboidrato!


Diferentemente do que muitas pessoas pensam, os carboidratos não podem ser classificados de forma igual e assim serem ingeridos na mesma quantidade na dieta. Existem 3 tipos diferentes de carboidratos: complexos processados, complexos não processados e os simples.

Os complexos processados são os mais saudáveis e por isso devem estra em maior quantidade na dieta. Eles normalmente contém baixo índice glicêmico e são ricos em fibras, minerais e vitaminas. Além disso dão a impressão de saciarem mais a fome e liberam mais vagarosamente a glicose na circulação, influencindo assim na produção e liberação de insulina. Nesse primeiro tipo de carboidrato estão incluídos arroz integral, pão de grãos integrais, milho, inhame, batata doce e aveia, por exemplo.
Os complexos não processados são alimentos que foram submetidos a processos de refinamento . Comparados aos não processados, geralmente têm elevado índice glicêmico (alto teor de açúcar simples), poucas fibras, vitaminas e minerais, além de serem digeridos rapidamente. Estes carboidratos incluem o arroz branco, o pão branco, baguetes e batatas.

O terceiro tipo, carboidratos simples , inclui açúcares de mesa, refrigerantes, algumas frutas e sucos de frutas, doces e sorvetes. São altamente glicêmicos e quase sempre absorvidos imediatamente pelo corpo.

Fonte: Carrie Curtis - nutricionista IFBB
Tradução: Anna Maria Garcia
http://www.jmfbrasil.com.br/nutricao8.asp

Postado por: Camila Magalhães

A indústria sem carboidrato.


Já falamos aqui da adaptação dos "fast-foods" à nova moda das dietas de "low carb".
Falaremos agora sobre as adaptações que estão sendo feitas pela indústria alimentícia de um modo geral, que modificará até mesmo a produção de gigantes como Coca-Cola, Kraft, Kellogg’s, Unilever e Pepsico.
Com cerca de 64% dos americanos com mais de 20 anos acima do peso, a chegada dos novos produtos se tornou não apenas um fenômeno social, mas também econômico. De 2002 a 2004, foram nada menos do que 1.558 lançamentos com o rótulo “low
carb” na embalagem. Vão de cerveja, molho para salada, ketchup e amendoim a sorvete, cereais, biscoitos, doces e sobremesas. Praticamente todos os produtos já lançados com esse rótulo já estão sendo sucesso nas prateleiras do supermercado.
Segundo a Kraft, vende-se mais de 40 milhões de dólares anuais nessa nova área de alimentos. (Dados de 2004)
O mesmo fenômeno já aconteceu no passado, com os produtos diet e light.

Fonte: Isto é Dinheiro/ NegóciosQ Baixos carboidratos
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/350/negocios/350_industria_carboidatros.htm
Postado por: Camila Magalhães

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Carga de Carboidratos e Resistência Atlética


A prática de dar uma carga de carboidratos vem de observações feitas no início da década de 1960 de que a resistência durante exercício vigoroso era limitada primariamente pelos estoques de glicogênio muscular. Claro, glicogênio não é a única fonte de energia para o músculo. Ácidos graxos livres aumentam no sangue durante exercício vigoroso e são utilizados pelo músculo, juntamente com seus estoques de glicogênio. Uma vez que o glicogênio tenha se esgotado, entretanto, o músculo não pode depender inteiramente de ácidos graxos livres sem se cansar rapidamente, provavelmente porque o músculo fica cada vez mais hipóxico durante exercício vigoroso. Enquanto glicogênio é utilizado aerobicamente e anaerobicamente, ácidos graxos só podem ser utilizados aerobicamente. Em condições anaeróbicas, ácidos graxos não podem fornecer ATP em velocidade suficiente para servir como única fonte de energia.

A prática de dar uma carga de carboidratos para aumentar as reservas de glicogênio foi introduzida para atletas de enduro e outras provas de resistência. O regime de carga de carboidratos original consistia de um período de 3 a 4 dias de exercício pesado com uma dieta pobre em carboidratos, seguidos de 1-2 dias de exercício leve com dieta rica em carboidratos. O período inicial de baixo carboidrato e alta demanda energética causavam uma depleção das reservas musculares de glicogênio. A mudança subsequente para uma dieta rica em carboidratos resultava na produção de níveis acima do normal de insulina e hormônio de crescimento, e as reservas de glicogênio chegavam a quase duas vezes as quantidades normais. Essa prática realmente aumentava significativamente a resistência. Em um estudo, indivíduos em teste com dieta rica em gorduras e proteínas tinham menos de 1,6g de glicogênio por 100g de músculo e conseguiam realizar uma carga de trabalho padronizado por apenas 60 minutos. Quando os mesmos indivíduos consumiram uma dieta rica em carboidratos por 3 dias, suas reservas de glicogênio aumentaram para 4g por 100g de músculo, e mesma carga de trabalho foi realizada por até 4 horas.

Embora a técnica evidentemente funcionasse, os atletas frequentemente se sentiam letárgicos e irritáveis durante a fase pobre em carboidrato do regime, e a dieta rica em gordura estava em desacordo com as recomendações atuais para saúde. Estudos recentes indicam que o consumo regular de uma dieta rica em carboidratos complexos e pobre em gordura durante o treinamento aumenta as reservas de glicogênio, sem mudanças súbitas de dieta. Recomendações atuais são de que atletas de provas de resistência consumam uma dieta rica em carboidratos (com enfase em carboidratos complexos) durante o treinamento. Depois, a ingestão de carboidratos é aumentada ainda mais (para 70% das calorias) e o exercício é diminuível durante os 2-3 dias que antecedem o evento atlético. Isto aumenta as reservas de glicogênio muscular até níveis comparáveis aos descritos anteriormente no regime de carga de carboidratos.



Texto retirado de :

Manual de bioquímica com correlações clínicas - Coordenador Thomas M. Devlin

pag.1052-sexta edição-Editora Blucher



Para descontrair...II




"E a melhor parte é que possui baixo carboidrato..."

Estrutura de Carboidratos

Os carboidratos (ou hidratos de carbono) são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que, hidrolisadas, originam estes compostos.
Os carboidratos são subdivididos em:

>Monossacarídios: constituem o tipo mais simples de carboidrato, chamados aldoses ou cetoses, segundo o grupo funcional que apresentam, aldeído ou cetona. De acordo com a quantidade de átomos de carbono, são designados trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses. Há duas trioses – o gliceraldeído, uma aldotriose, e a diidroxicetona, uma cetotriose. Os outros monossacarídios são teoricamente derivados dessas duas trioses.
>Oligossacarídeos: são carboidratos formados por uma pequena quantidade de monossacarídios unidos por ligações glicosídicas.Estas ligações são, teoricamente, formadas entre duas hidroxilas de duas moléculas de monossacarídios, pela exclusão de uma molécula de água.Os oligossacarídeos mais comuns são os dissacaridios como a sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose).
>Polissacarídios: são polímeros constituídos por centenas ou milhares de resíduos de monossacarídios, mas comummente a glicose. Podem formar cadeias lineares, como na celulose, ou cadeias ramificadas, como no amido e no glicogênio.

O amido é o carboidrato mais abundante na dieta dos seres humanos, seguido por sacarose e lactose. Consequentemente, o principal produto da digestão de carboidratos é a glicose, secundada por pequenas quantidades de frutose e galactose. Carboidratos componentes de fibras dietéticas, como a celulose, por exemplo, não podem ser digeridos pelos seres humanos, que não dispõem das enzimas apropriadas.



TEXTO ADAPTADO DE : Bioquímica Básica – Anita MARZZOCO e BAYARDO B. Torres – Terceira Edição GUANABARA KOOGAN

A imagem representa a molécula da glicose

Comentando o artigo...

Dietas de Low Carb para pacientes com diabetes tipo 2

De acordo com a análise bioquímica e fisiológica dos dados contidos no artigo "Should patients with diabetes follow a low-carb diet? Before you recommend a low-carbohydrate diet for weight loss, read this review of the effect these diets can have on a patient with type 2 diabetes"* publicado no Journal of the American Academy of Physicians Assistants, chega-se a conclusão de que dietas de baixo carboidrato não são recomendáveis para diabéticos a longo prazo, embora a curto prazo os resultados para perda de peso sejam contundentes.
Os argumentos para tal conclusão serão apresentados a seguir:

  • Dietas de baixo carboidrato tendem a aumentar a porcentagem de massa gorda corpórea devido a alta taxa de gluconeogênese a partir de aminoácidos acarretada por esse tipo de dieta.Ademais,indivíduos que desistem da dieta (que causou perda de massa magra) e ganham peso tem essa situação agravada.Resistência a insulina é agravada por alta adiposidade corpórea,portanto, dietas de baixo carboidrato podem agravar o quadro de diabetes tipo 2.
  • Perda de peso provém de desidratação.Gliconeogênese a partir de aminoácidos acelerada devido ao baixo consumo de carboidratos leva a excreção elevada de uréia, o que pode causar desidratação.Em estudos realizados com dietas de baixo carboidrato,parcela significativa dos indivíduos desenvolveu dores de cabeça que podem ser sintomas de tal desidratação.
  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares.Dietas de baixo carboidrato foram relacionadas com aumentos nos valores de colesterol circulante,especialmente LDL-C; é sabido que altos níveis de colesterol na circulação induzem a ocorrência de aterosclerose.Ademais, baixa ingestão de carboidratos está relacionada com aumentos no níveis de homocisteína e fibrinogênio circulantes, substâncias que facilitam complicações cardiovasculares.O baixo consumo de carboidratos também diminui as reservas de antioxidantes, substancias que protegem as paredes das artérias de estresse oxidativo.Portanto, os diabéticos que já têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolverem doenças cardiovasculares, teriam seus riscos incrementados por dietas de baixo carboidrato.

Há algumas características das dietas de baixo carboidrato que as tornam recomendáveis a diabéticos tipo 2:

  • Redução da glicemia.Baixa ingestão de carboidratos faz com que o corpo tenham consideravelmete menos substrato para obtenção de glicose, o que reduz a glicemia e induz a cetogênse.Níveis glicêmicos elevados são responseis por nefropatias e neuropatias apresentadas por diabéticos, dentre outras patologias.
  • Redução da insulinemia. Dietas low carb estão relacionadas com menor produção de insulina, o que é considerado benéfico para a condição de resistência a insulina apresentada por diabéticos tipo 2.

Portanto, a curto prazo, dietas de baixo carboidrato são benéficas para diabéticos devido a perda de peso e baixas da insulinemia e glicemia.No entanto, a longo prazo, tais dietas podem aumentar as complicações para tal grupo de pacientes.Vale ressaltar que, dado que diabetes é uma doença crônica, um tratamento alimentar para ela deve ser aplicável a longo prazo.

*Dados completos do artigo: JAAPA Outubro de 2007; 20(10): 36-41 ChandlerMJ, Hildelbrandt LA -Appalachian Regional Medical Center, Hazard, Kentucky, USA.







10 razões para não fazer dieta de low-carb


1) Dificuldade em manter a perda de peso-
É dificil permanecer em uma dieta de baixo carboidrato por muito tempo pela restrição na variedade de alimento que pode ser ingerida.
2) Rápidas quedas de pressão ou hipotensão-
Causas: perda de fluídos e eletrólitos, e reduzida atividade do sistema nervoso simpático.
3) A dieta reduz a performance atlética
4) Riscos de cetoses
5) Aumenta o risco de problemas cardíacos-
Geralmente pessoas em dietas de baixo carboidrato passam a ingerir maiores quantidades de gordura.
6) Gota-
Devido a uma ingestão elevada de alimentos purínicos (como carne, nozes, ovos e frutos do mar), que são quebradas em ácidos úricos pelo organismo que vão parar nas juntas como cristais.
7)Aumenta risco de Câncer-
Pela ingestão de quantidades insuficientes de frutas e verduras, que são importantes na prevensão do câncer.
8) Osteoporose-
Ingestão exagerada de proteínas aumenta a eliminação de cálcio pela urina.
9) Aumento da pressão senguínea com a idade-
Não retringe a quantidade de sal ingerido nem a quantidade de gordura.
10)Pedras de rins-
Pedras de ácido úrico e cálcio são mais prováveis de serem formadas em uma dietas com grande quantidade de proteínas do que em uma dieta com maior quantidade de carboidratos, com mais frutas e vegetais.

fonte:http://www.mth.org/LowCarb.html
Postado por: Ísis Garcia, Hugo Alecrim e Débora Gurgel.

Dietas de Low-Carb e Diabetes: Saúde e Economia


Se você tem diabetes, a ingestão de elevadas quantidades de carboidratos aumenta a quantidade de glicose disponível para as células. Este fato influencia também no ganho de peso, pois a glicose excedente vai ser convertida em gordura e armazenada, quando isso acontece a glicemia volta a baixar levando a pessoa a sentir fome.
Além disso, a alta na taxa de glicose no sangue causa uma maior demanda de insulina, hormônio que os diabético tipo I possuem dificuldade de sintetizar e diabetes tipo II tem dificuldade de utilizar.
Outro fato importante que corrobora para adesão de diabéticos às dietas de restrição de carboidratos é a viabilidade econômica, uma vez que diminui a necessidade de insulina adiquirida por medicamentos já que vai haver uma menor quantidade de glicose circulante.
Porém estudos a cerca do assunto ainda não são conclusivos e apesar de pequisas terem mostrado dimuição nas dosagens de insulina necessárias, ainda são muitos os efeitos negativos que uma dieta com alta restrições de carboidrato pode trazer tanto a diabéticos quanto a pessoas com metabolismo normal.

No site a seguir vocês poderão acompanhar relatos de um diabético que aderiu à dieta e comenta sobre seus resultados:
http://www.diabetes-low-carb.org/content/view/14/32/

fonte:
(The Low-Carb Diabetes Plan That Works /Try this safe, easy, and effective diet for both weight loss and diabetes control /By Bettina Newman, R.D., and David Joachim , Bettina Newman, R.D., and David Joachim are authors of Lose Weight the Smart Low-Carb Way (Rodale 2002), the book from which this story was excerpted.)

Postado por: Ísis Garcia, Hugo Alecrim, Camila Vieira e Débora Gurgel.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Para descontrair...


"Nao,obrigada,estou numa dieta de baixo carboidrato."


Postado por : Hugo Alecrim


domingo, 28 de junho de 2009

Uma quantidade mínima de carboidrato deve ser ingerida


A maior parte dos carboidratos da dieta deve ser constituída por polissacarídios, como o amido; açúcares, como a sacarose, devem compor uma fração menor. O amido é encontrado principalmente em cereais e seus derivados (pães, massas), raízes e tubérculos (mandioca, batata), e a sacorose, em alimentos doces, mel, etc.

Uma maior ingestão de açúcares, em relação a polissacarídios, determina aumento dos níveis plasmáticos de triacilgliceróis e redução daqueles de HDL-colesterol, resultando em maior risco de ocorrência de doenças cardiovasculares. Essas alterações são atenuadas pela presença de polissacarídios não-digeréveis na dieta. Adicionalmente, os alimentos ricos em açúcares são, namaioria das vezes, pobres em nutrientes essenciais.

Em dietas hipocalóricas, a frutose costuma ser recomendada em substituição à glicose, por não estimular a secreção de insulina pelas células B do pâncreas. Todavia, esta conduta temsido questionada, porque o consuma elevado de frutose resulta em mudanças desfavoráveis do perfil de lipídios plasmáticos, mais acentuados do que as provocadas pelos açúcares em geral.

É necessário ingeris 5g de carboidratos por 100Kcal: 130g para uma dieta de 2,600Kcal. A ingestão de quantidades menores tem como consequência a hipoglicemia, compensada pela intensificação da gliconeogênese a partir de aminoácidos, levando à espoliação proteica e, portanto, a um balanço de nitrogênio negativo. Fica evidente, portanto, a ação poupadora de proteínas desempenhada pelos carboidratos. Ademais, quando a demanda eneregética é suprimida pela oxidação de lipídios, sem ser acompanhada pela ocidação de carboidratos, advém a cetose.

As doses recomendadas de proteínas pressupõem, portanto, a ingestão concomitante de doses adequadas de caboidratos e lipídios, de modo que a maior parte das proteínas exógenas possa ser utilizada na reposição das proteínas endógenas, e não como fonte de energia.

Alguns polissacarídios presentes nos alimentos não são utilizados pelos seres humanos como fonte de energia: são componentes das fibras dietéticas.
Fonte: Livro Bioquímica Básica (Anita Marzzoco e Bayardo B. Torres)
Postado por: Débora Gurgel

sábado, 27 de junho de 2009

Dieta Cetogênica-uma dieta sem carboidrato



Dieta cetogênica no tratamento das epilepsias graves da infância: percepção das mães

O que seria uma dieta cetogênica? O mecanismo dessa dieta é simples, quem faz esse tipo de dieta não pode ingerir açúcar nem carboidratos, apenas proteínas. Quando se ingere somente proteínas, sem carboidratos (combustível do organismo), o organismo se adapta e começa a usar a própria gordura de reserva para conseguir obter energia. É capaz de manter o mecanismo metabólico de inanição do corpo, pois fornece gordura exógena, a qual será utilizada como fonte energética em lugar da gordura estocada, criando e mantendo um estado de cetose.
Esse tipo de dieta ajuda no tratamento de crianças que sofrem de epilepsia (um transtorno neurológico). Um estudo feito por uma equipe multiprofissional no Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) acompanhou mães de crianças que sofrem deste mal. O seguinte estudo teve como objetivo perceber os sentimentos e as dificuldades das mães de crianças com epilepsia em relação à adoção e ao seguimento da dieta cetogênica, bem como avaliar sua influência na rotina familiar.
As dietas cetogênicas típicas apresentam a relação de dois a cinco gramas de lipídeos para um grama de carboidratos, mais a quantidade adequada de proteínas. Isso se traduz em uma quantidade de gordura de 80% a 90% do total de energia da dieta, fazendo com que os alimentos predominantes sejam: creme de leite, maionese e gorduras vegetais. Essa dieta ajudaria na melhora de ocorrência de convulsões em conseqüência a uma posterior adaptação do cérebro ao deixar de usar glicose como fonte de energia e passar a usar no lugar corpos cetonicos (são três substâncias solúveis em água que são produtos derivados da quebra dos ácidos gordos para fornecer energia no fígado e no rim).
O acompanhamento de profissionais de saúde é de extrema importância já que o estado prolongado de cetosi pode ser fatal. Esse é um dos motivos das mães de crianças que sofrem de epilepsia sofreram tanto, tendo em vista que é uma maneira “perigosa”, e também é um tipo de tratamento que modifica toda a rotina familiar.
O estudo teve como conclusão que experiência de ter um filho em tratamento com a dieta cetogênica revelou diferentes momentos de adaptação. Conforme os relatos das mães, o inicio da dieta é um período bastante difícil. Porém depois de se “acostumarem” com o novo modelo de vida, fica mais fácil de ser levados adiante, a doença e o tratamento.
Postado por: Débora Gurgel

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As Dietas de “low carb” podem ajudar a tratar a diabetes tipo 2


A revista médica estadunidense “Nutricion and metabolism” publicou uma pesquisa onde foram observadas diferenças entre os efeitos causados por uma dieta de baixo índice glicêmico e de uma dieta na qual os pacientes não tinham restrições calóricas, mas poderiam consumir apenas 20 gramas de carboidrato por dia. Todos os pacientes eram diabéticos e faziam uso de medicamentos. 95% dos pacientes com baixo consumo de carboidratos comemorou a redução do uso de remédios contra 62% dos participantes que passaram a seguir a dieta baseada no índice glicêmico.

Porque isso acontece?
O corpo fragmenta aproximadamente 100% dos açúcares e amidos - dois tipos de carboidratos - em glicose em aproximadamente duas horas.
As proteínas e as gorduras afetam menos os níveis de glicose no sangue do que os carboidratos. Aproximadamente 50% da proteína é eventualmente fragmentada em glicose, geralmente dentro de três a cinco horas. Em torno de 5 a 10% da gordura que você come se transforma em glicose dentro de seis a oito horas. A gordura desempenha um papel na elevação da glicose no sangue pelo bloqueio da ação da insulina, aumentando o tempo que o alimento leva para viajar através dos seus intestinos. Como resultado, a sua glicose no sangue pode não ser inicialmente afetada depois de uma refeição gordurosa, mas horas depois, ela pode subir significativamente. O álcool e os substitutos do açúcar, ou adoçantes, também podem afetar os níveis de glicose no sangue.

Estar acima do peso aumenta a resistência à insulina, tornando mais difícil para os diabéticos controlar os níveis de glicose no sangue e tornando mais provável que pessoas sem diabetes a desenvolvam.


terça-feira, 23 de junho de 2009

Dieta de Baixo Carboidrato e a perdo de peso


Será que ela ajuda a perder peso?

Dietas de baixo carboidrato, como o próprio nome já diz, são dietas que restringem a ingestão de carboidratos enfatizando fontes de proteína e gordura. Alguns exemplos dessa dieta são a famosa dieta do dr.Atkins (bem contemplado em postagens anteriores!), Zone diet e Protein Power, essas dietas variam entre si pelas restrições que são feitas em relação a quantidade e os tipo de carboidratos recomendados. São geralmente adotadas por pessoas com intenção de perder peso, mas será que ela realmente ajuda a perder peso?

A teoria por trás da dieta de baixo carboidrato é que ingerindo carboidratos a quebra de gordura é impedida pela elevação da taxa de insulina ao aumentar os níveis de glicose no sangue. Logo, você não queimaria gordura e, conseqüentemente, não perderia peso.Durante a dieta a falta de carboidratos resultaria na queima de gordura para a obtenção da energia de que o organismo necessita. Porém existem outros fatores que explicariam melhor a perda de peso ao longo da dieta.

Geralmente, a dieta de baixo carboidrato ocasiona uma maior perda de peso do que dietas de restrição caloria ou dietas que limitam a ingestão de gordura. Porém a perda de peso depende do seu comprometimento com a dieta e a de baixo carboidrato não tem se mostrado mais fácil de manter do que qualquer outra. Estudos comparando a dieta de baixo carboidrato com a dieta de baixa gordura mostram que após um ano, pessoas desistiram da dieta em taxas parecidas. Isso indica que não é fácil permanecer na dieta de baixo carboidrato por longos períodos.

A perda de água quando a dieta é iniciada favorece a perda de peso. Essa perda de água ocorre devido à quebra de glicogênio, para suprir a deficiência de carboidratos –glicose- no organismo, que possui grande quantidade de água em sua estrutura e quando é quebra libera água aumentando a urinação.

Outro fator que leva a perda de peso na dieta é a diminuição do apetite. Estudos sugerem que uma dieta de baixo carboidrato diminui o apetite, mas o porquê ainda não está claro. O que sabemos com certeza é que uma maior ingestão de proteínas e gorduras prolonga o sentimento de saciedade, por esses alimentos terem uma digestão mais demorada. Além disso, a maioria das dietas de baixo carboidrato reduz o numero de calorias ingeridas já que diminui a variedade de alimentos que você pode comer.

Uma dieta de baixo carboidrato pode trazer alguns benefícios a saúde, como possível baixa nos níveis de colesterol. No entanto, os benéficos dependem em quais alimentos você está ingerindo como parte da dieta. Alimentos com muita gordura saturada, que geralmente se encaixam no perfil de dieta de baixo carboidrato, reduzem os prováveis benefícios à saúde.

Ninguém sabe os efeitos em longo prazo da dieta de baixo carboidrato. Apesar de alguns estudos terem observado os benefícios e os riscos, nenhum foi conduzido por um período longo o suficiente para mostrar se estas dietas aumentam os riscos de doenças que se desenvolvem ao longo de vários anos, como doenças do coração, câncer e problemas nos rins ou nos ossos.

Tradução e resumo de um artigo da MaioClinic
Artigo Original: http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/carbohydrates.html
link: Low-Carb Diets(Mayo Foundation for Medical Education and Research)

Postado por: Ísis Garcia

Perfil lipídico em crianças obesas: efeitos de dieta hipocalórica e atividade física aeróbica



Perfil lipídico em crianças obesas: efeitos de dieta hipocalórica e atividade física aeróbica (Erika B. Parente; Isabel Guazzelli; Maurício M. Ribeiro; Alexandre G. Silva; Alfredo Halpern; Sandra M. Villares)

O objetivo deste trabalho é analisar o conjunto de uma dieta hipocalórica e atividade física aeróbia em crianças obesas (nas ultimas duas décadas a obesidade infantil aumentou drasticamente). O seguinte estudo foi feito pelo Departamento de Clínica Médica, Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP (Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica da Disciplina de Endocrinologia). Foram estudadas 50 crianças (25 do sexo masculino) obesas separadas em dois grupos: Grupo D (dieta com 55% de carboidrato, 30% de gordura e 15% de proteína – 1.500 e 1.800 kcal) e Grupo DE (mesma dieta + atividade física aeróbia 1 hora por dia, três vezes por semana).
O estudo procurou avaliar o efeito da atividade física aeróbia associado a dieta hipocalórica balanceada sobre o perfil lipídico ( um importante fator de risco cardiovascular). Foram avaliados o índice de massa corpórea (IMC), triglicerídeos, colesterol total (CT) e frações.
Depois de cinco meses de intervenção, foi verificado que:
*A dieta hipocalórica balanceada isoladamente não causou nenhuma alteração significativa no HDL-C (alta densidade colesterol) no grupo D, já no grupo DE foi observado aumento de HDL-C (o possível aumento pode ter sido causado pelo efeito do exercício nesta fração do colesterol, já que não houve aumento no nível de triglicerídeos).
*O IMC e a composição corporal de ambos os grupos, obtiveram redução do IMC, sendo o do DE maior. A atividade física proporcionou melhora da composição corporal das crianças, diminuindo massa gorda e preservando massa magra (a atividade física ajudou na diminuição do peso corporal, mas também, favorece o equilíbrio saudável entre massa gorda e massa magra).
*Dieta hipocalórica isolada e dieta hipocalórica associada á atividade física aeróbia levam á diminuição do CT e LDL-C em crianças obesas dislipidêmicas. A dieta hipocalórica com atividade física aumenta os níveis de HDL-C em crianças obesas independentemente do valor basal, e melhora a composição corporal destas crianças diminuindo massa gorda.

Fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000300013&lang=pt
(Para ler o artigo completo)

Postado por: Débora Gurgel

domingo, 21 de junho de 2009

A Nova Dieta Revolucionária do Dr. Atkins





A Nova Dieta Revolucionária do Dr. Atkins
Vale á pena ler!!!!
O Dr. Robert Atkins nos anos 80 publicou o livro “A dieta revolucionária do Dr.Atkins” (cortando os carboidratos a pessoa emagreceria). Depois de duas décadas Dr. Atkins lança um novo livro: “A Nova Dieta Revolucionária do Dr. Atkins”, que traz a dieta sem fome (a pessoa pode perder peso em 14 dias), explica como se mantêm esse peso e ainda traz receitas.
Seguindo o que o autor apresenta no livro, a gordura extra vai desaparecer, dessa forma se ganha um corpo saudável. A dieta do Dr. Atkins também pode mudar a vida de pacientes com diabete ou problemas cardíacos.

*Galerinha, essa é uma dica de livro, pra quem quiser ler e saber mais um pouco da dieta mais famosa relacionada á “low carb”. O livro é da editora Record, pode ser encontrado em livrarias e com tradução em português.


Fonte: http://www.editoras.com/record/059110.htm
Postado por: Débora Gurgel

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Dr. Atkins, o rei da dietas de 'low carb"


O Dr. Atkins, falecido em 2003, deixou para seus seguidores e críticos o seu clássico “Dr. Atkins' Diet Revolution”, o "Atkins for Life", um livro de receitas, um website, uma linha de suplementos e produtos alimentícios e o Atkins Center for Complementary Medicine.
Robert Atkins dizia que reduzindo drasticamente a quantidade de carboidratos ingerida, o organismo seria forçado a queimar a reserva de gordura que possuía e, por isso, o rei da dietas de “low carb” recomendava, na primeira fase de sua polêmica dieta(2 semanas), a ingestão de apenas 20 gramas de carboidrato, o que não representa nem uma fatia de pão integral nem uma maçã.
Depois de passada essa primeira etapa, a quantidade de carboidratos ingerida deve ficar no intervalo de 25 a 90g, equivalente a 10% das calorias usadas pelo corpo.
A dieta proposta por ele funciona, mas até que ponto?

Problemas:
-Dietas radicais normalmente cansam e ao retornar aos seus hábitos alimentares, a tendência é voltar ao peso de antes.
-Por não receber a quantidade de caloria suficiente da fonte de energia preferida do corpo, o organismo degrada as proteínas dos músculos.
-Pode provocar mau hálito, dor de cabeça, falta de disposição e náuseas porque a falta de carboidratos desidrata o organismo e aciona um mecanismo para economizar energia como se estivesse num jejum prolongado.
-O baixo consumo de carboidratos provenientes de frutas, cereais integrais e pães faz com que a dieta fique pobre em fibras, o que causa grande impacto no funcionamento do fígado.
-O excesso de proteínas sobrecarrega a função renal e eleva as taxas de ácido úrico.



Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/como-perder-peso-com-uma-dieta-de-baixos-carboidratos.htm
Postado por: Camila Magalhães

Pirâmide Alimentar da Dieta de Atkins

Para quem não sabe, a dieta do Dr.Atkins é uma das dietas mais famosas quando se trata de dietas de "low carb", esta famosa dieta tem como característica, ingestão calórica livre, ou seja, a pessoa pode comer "o que quiser", porém deve diminuir a quantidade de carboidrato das alimentações.
O texto teve como a base a postagem de Estevão Cubas sobre a Dieta de Atkins (blog de biobio)
Postado por: Débora Gurgel


terça-feira, 16 de junho de 2009

CONTADOR DE CARBOIDRATOS

Aqui vai um link para um programinha da Universidade de Maryland que determina (aproximadamente,logicamente)quantos gramas de carboidrato uma pessoa deve ingerir diariamente de acordo com seu biotipo e estilo de vida.Essa contagem nao segue nenhum tipo especial de dieta. http://www.healthcalculators.org/calculators/carbohydrate.asp

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Batalha das dietas

Batalha das dietas


A revista Marie Claire em sua 219º edição (Junho/09) apresentou uma matéria com o tema “Batalha das dietas”. A seguinte matéria aponta estudos feitos por americanos em parceria com pesquisadores israelenses. Os alvos dos pesquisadores israelenses foram três dietas: a de baixo teor de carboidratos, a mediterrânea e a pobre em gorduras. Nos Estados Unidos, cientistas avaliaram as dietas, Ornish, Zone e a do Dr. Atkins (uma das dietas mais famosas de baixo carboidrato).
As cinco competidoras:
•Dieta do Dr. Ornish: propõe que 70% das calorias venham dos carboidratos, 20% das proteínas e 10% das gorduras. É rica em carboidratos complexos (encontrados nas farinhas integrais e nas frutas). Bane do cardápio as oleaginosas, a gordura não pode ser extinta, pois é importante na formação de neurônios e hormônios. Esse tipo de dieta emagrece pois, refeições que soa ricas em fibras estimulam o funcionamento do intestino e arrastam as gorduras no processo digestivo.
•Dieta The Zone: Balanço dos macronutrientes. Segundo o médico Barry Sears, o equilíbrio estabiliza os hormônios e reduz o risco de resistência à insulina, que esta na raiz do ganho do peso. 40% das calorias devem vir dos carboidratos, 30% das proteínas e 30% das gorduras.
Dieta com baixo carboidrato: O carboidrato é reduzido, representa não mais que 20% das calorias ingeridas, as proteínas ganham espaço com 30% e as gorduras iram somar 50%. A dieta privilegia os carboidratos os carboidratos complexos e restringe os carboidratos do tipo simples. Esse tipo de dieta não funciona em longo prazo, em razão da resistência á insulina (comum em que esta acima do peso), nesse caso a produção de hormônio aumenta e o corpo estoca gordura. A pessoa emagrece já que sem carboidratos o organismo entra em processo de Cetose. Consome os estoques de gordura para gerar energia.
•Dieta Mediterrânea: 45% das calorias vêm dos carboidratos, 35% das gorduras e 20% das proteínas. É considerada a que mais se aproxima de uma reeducação alimentar. É rica em carboidratos complexos, o que ira ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e evitará picos de insulina.
•Dieta com baixo teor de gordura: Cada alimento vale certo número de pontos, a dieta é equilibrada, restringe o consumo de calorias, mas não proíbe nada.

Os especialistas confrontaram uma dieta com outra (Baixos carboidratos x Baixas Gorduras x Mediterrânea; Baixas gorduras x exercícios...) e relataram que os “vencedores” foram baixos carboidratos e exercícios. Segundo um dos lideres do estudo, o professor Christopher Gardner, os candidatos a magros devem tentar mais de um plano de perda de peso até encontrar o mais adequado a seu caso.

Postado por: Débora Gurgel
Fonte: http://revistamarieclaire.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article
(revista Marie Claire edição 219- Jun/2009; leia a matéria completa)

terça-feira, 9 de junho de 2009

O fast-food também adotou a dieta de "low carb"


No século XXI, a “correria” do dia-a-dia (vai pro escritório, depois vai pra faculdade, depois pra academia, depois passa na casa do namorado...) faz com que as pessoas sofram com a falta de tempo para preparar comida ou sequer ir a um restaurante e, por isso, os fast-foods estão aí. Todavia, para os seguidores de dietas, esses estabelecimentos eram terríveis, pois não ofereciam pratos alternativos que fossem menos calóricos. Felizmente, o consumidor de poucos carboidratos de hoje não precisa sair de sua dieta, já que os muitos restaurantes de fast-food estão tomando a dianteira e servindo várias alternativas com baixo teor de carboidratos.

Diante da grande expansão das dietas de baixo carboidrato, as grandes lanchonetes do mundo, como a Mc’Donalds, Bimpie, Burger King e a Subway, também criaram novas opções nos seus cardápios onde se adaptam à nova moda.

Algumas dessas lanchonetes, como é o caso da Mc´Donalds, optaram por servir, em alguns pratos, saladas no lugar do pão, que é um dos principais alimentos detentores de carboidratos (e é composto praticamente por eles!). Outras, como a Bimpie, preferiram pesquisar diferentes tipos de pães que contém menor quantidade de carboidratos, não descaracterizando assim os tradicionais sanduíches lá encontrados. Além disso, expõem nos seus restaurantes o valor dos carboidratos contidos naquele alimento. Assim, o cliente pode escolher de forma bem mais consciente.

A Subway, por sua vez, oferece diferentes tipos de molho, transmitindo assim ao cliente o direito de escolher. A Burger King também têm seus sanduíches montados por clientes.

Por Katherine Neer - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/dieta-com-baixo-teor-de-carboidratos.htm
Postado por: Camila Magalhães

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Restrição de carboidrato e treinamento de força

Restrição de carboidrato e treinamento de força

Não existe muito consenso na literatura quanto ao resultado que dietas com restrição de carboidrato possam ter sobre a performance de força e potência. O principal efeito potencialmente negativo da restrição de carboidrato para atletas é a obstrução da reposição dos estoques de glicogênio intra-muscular. Dietas com proporções mais baixas de carboidrato resultam em deficiências na reposição de glicogênio, se comparadas com dietas mais ricas neste nutriente.


Quase todos os estudos foram feitos para esportes de endurance. Burke et al (1993) mostraram que dietas ricas em carboidratos de alto índice glicêmico são mais eficientes do que dietas ricas em carboidratos de baixo índice glicêmico na reposição dos estoques de glicogênio em fundistas. Esse resultado contrasta com aquele obtido cerca de dez anos antes por Costill et al (1981), onde foi verificado que refeições contendo uma mistura de carboidratos complexos (com mais baixo índice glicêmico) resultava na mesma taxa de reposição de glicogênio que refeições contendo carboidratos simples no período de 24h, sendo que em 48h, as refeições com carboidrato complexo eram superiores nesta reposição. O estudo foi feito em corredores de longa distância.


Um estudo de Ivy et al (1988) com exercício de bicicleta mostrou que doses muito diferentes de suplementação com polímeros de glicose resultavam na mesma taxa de reposição de glicogênio.


Além dos dados contraditórios sobre as doses de carboidrato necessárias para a reposição dos estoques de glicogênio, existem problemas relativos às evidências quanto ao timing da suplementação de carboidrato para esta finalidade. Alguns estudos mostram que não faz muita diferença o momento da suplementação pós-esforço de endurance (Parking et al 1997).


Pesquisas relacionadas a doses e timing de carboidrato nas refeições e suplementação de carboidrato têm sido feitas nos últimos 60 anos pelo consenso de que a reposição e manutenção de bons estoques de glicogênio são fundamentais à prática prolongada de exercício intenso de endurance (Ivy 1991).


Até esse momento, o consenso era de que o principal suplemento esportivo deveria consistir de carboidrato, uma vez que era este nutriente que determinava a reposição de glicogênio. Em 1992, Zawadski et al relataram evidências de que a suplementação de carboidrato com proteína é superior à suplementação apenas com carboidrato para a reposição dos estoques de glicogênio. Em 2001, Jentjens et al mostraram evidência contrárias a isso, alegando que acrescentar proteínas ou aminoácidos a um suplemento de carboidratos não teria efeito sobre a reposição de glicogênio. Em 2002, o grupo de Ivy (Ivy et al 2002) reforçou as alegações feitas por Zawadski et al dez anos antes.


Nesta década, boa parte das pesquisas realizadas sobre o efeito da suplementação sobre a reposição dos estoques de glicogênio se complexificou, envolvendo aspectos hormonais e amino-ácidos específicos, creatina e outras substâncias potencialmente ergogênicas.


Enquanto estas pesquisas focadas principalmente em esportes de endurance caminhavam, a falta de consenso se ampliava no que diz respeito aos esportes de força. Em 1989, Symons e Jacobs mostraram que exercícios de alta intensidade não são afetados pelos níveis baixos dos estoques de glicogênio. Tesch (1988) mostrou que atletas de esportes de força, especialmente basistas e levantadores olímpicos, possuem maior capacidade de estoque de glicogênio, porém menor potencial oxidativo de maneira geral.

Roetert (1999) relatou evidências na literatura quanto à falta de efeito que a depleção ou baixa disponibilidade de carboidratos tem sobre a performance de força. Leveritt e Abernethy (1999) mostraram que a restrição de carboidratos na dieta afetava a performance em séries de agachamento até falha de mais de 12 repetições, mas não de exercícios isocinéticos de extensão de pernas. Os autores especularam que possivelmente o teste com exercícios isoinerciais (agachamento) mostre que esta forma de força depende de uma atividade glicolítica mais intensa do que isocinética, mais rápida e intensa. Esta última seria fundamentalmente sustentada pela quebra de precursores fosforilados.


Finalmente, o estudo mais recente de todos, feito pelo grupo de Kraemer (Hatfield et al 2006), demonstrou que o consumo de dietas mais altas em carboidrato não afeta a performance de potência. Sabe-se que potência e força máxima estão bastante relacionadas e que, nos esportes de força particularmente, dependem uma da outra.


Haff e Whitley (2002) revisaram a literatura no que diz respeito às evidências acumuladas em relação ao papel da composição glicídica da dieta de atletas de força. A conclusão não é muito diferente daquela que apresento aqui, ou seja: existe uma enorme inconsistência de resultados e pesquisas futuras são necessárias para esclarecer a relação entre performance de força e potência e conteúdo glicídico da dieta, mediado, e como, pela reposição dos estoques de glicogênio.

(Texto escrito por Marilia Coutinho- escritora, atleta de powerlifting e pesquisadora.)

Fonte: http://educacaofisica.org/joomla/index.php?Itemid=2&id=303&option=com_content&task=view


Postado por Débora Gurgel

Projeto para construção do blog

Dietas de Low Carb

Como o próprio nome diz, “Dieta de Low Carb” é uma dieta de pouco consumo de carboidrato, sendo assim uma dieta rica em proteína. As dietas de baixo carboidrato reduzem drasticamente o consumo de carboidratos, levando à diminuição do peso (Kg), e mantem a massa muscular. Nesse tipo de dieta, o corpo em vez de usar carboidratos como fonte de energia vai fazer uso das gorduras, ocorrendo assim uma mudança no metabolismo.

A pouca ingestão desses macronutriente (carboidrato) prejudica o sistema nervoso central, produz corpos cetônicos (responsáveis pela cetonúria) que fazem mal ao organismo, permiti o catabolismo dos ácidos graxos em água, carboidrato e energia.

Pretendemos expor o funcionamento das dietas Low Carb, a partir do metabolismo do carboidrato (macronutriente considerado fonte primária de energia) e a partir do metabolismo protéico. Quando se reduz a quantidade de carboidratos da alimentação, se reduz também a insulina (hormônio responsável pela redução da glicemia-taxa de glicose no sangue), levando a queima de gordura.

O armazenamento de carboidrato se dá na forma de glicogênio, que mantêm os níveis de glicose (C6H12O6, principal fonte de energia) normais durante períodos de jejum, e, é um combustível para ações musculares. Com o baixo nível de glicose no sangue altera a relação insulina/glucagon.

Daremos ênfase, a uma das dietas mais famosas se tratando deste assunto, a dieta do Dr. Atkin, que segundo ele “tudo se resume em limitar o consumo de carboidratos”, o importante desta dieta é que, ao diminuir o consumo de carboidrato, o corpo terá que queimar a gordura armazenada ao invés dos carboidratos para obter energia.

Também traremos em nosso blog as vantagem e desvantagens da pouca ingestão de carboidratos.